23.9.12

Intervalo

Sem que nada tenha começado, foi assim que tudo terminou. Os nossos caminhos apenas se cruzaram numa sucinta fração de segundos sem ao menos eu ter tempo de saber (pelo convívio) se você prefere andar na chuva ou se esperaria ela passar na cobertura de uma banca de revistas.
As nossas escolhas não foram minhas nem suas. Porque a gente sempre soube onde cada um queria chegar. E, bem, os nossos sonhos não eram os mesmos.
A gente se encontrou naquele intervalo que o tempo dá de vez em quando, quando a gente nem sabe mesmo quem é, o que quer, mas só sabe que tem que acertar. Não acertamos. Mas há algo de lindo nisso. Vê?, é como se o acaso tivesse proposto que mudássemos os nossos planos para que eles passassem a rimar. Não funcionou.
Mas olha, tudo pode mudar, desde que a gente não mude.
Se bem que não é isso o que vai acontecer.

3 comentários:

Sara Carneiro disse...

Ah, tem coisa melhor que matar a saudade dos teus textos, Rutinha? *-* Ficou excelente. A gente até tenta entrar em sincronia com o outro, mas só dá certo quando os versos rimam, quando a gente se permite rimar.

Um beijo na testa, minha flor!

http://sara-rsc.blogspot.com.br/

Sara Carneiro disse...

Ah, tem coisa melhor que matar a saudade dos teus textos, Rutinha? *-* Ficou excelente. A gente até tenta entrar em sincronia com o outro, mas só dá certo quando os versos rimam, quando a gente se permite rimar.

Um beijo na testa, minha flor!

http://sara-rsc.blogspot.com.br/

Poeta da Colina disse...

Se não somos os mesmos, eis a chance de perseguir ser o que queremos.