4.3.10

A cor do céu

Sabe, à tardinha voltando pra casa, levantei os olhos do livro e olhei pro céu pela janela. O céu que cobria o ônibus era totalmente azul, mas eu vi acima das casas uma cortina vermelha-alaranjada que queria tragar todas elas e que com certeza, queria alcançar também o ônibus. Me disseram uma vez que o céu é azul por causa do mar. Mas e aquele manto que surgia ali, devagar, bem-intencionado, seria então algum incêndio em algum lugar não muito distante? Eu sei que incêndios não são bons. Mas aquele era. Por que era tão lindo, sabe? Aí eu fiquei imaginando duas pessoas em algum banco de praça confessando uma pra outra através de olhares o quanto se gostavam.

4 comentários:

Francisco de Sousa Vieira Filho disse...

Veramente belo... que esse fogo nunca deixe de queimar ao longe, como farol a guiar a inspiração que - desejo - nunca te falte...

Anônimo disse...

Na verdade, o nosso melhor é o suficiente sim. Suficiente para nós mesmos, por que cada um tem um jeito de conseguir as coisas, cada um tem um um ponto máximo. Quando você chega no seu limite, você sabe que deu o seu melhor e isso é suficiente.
Amei o seu texto também, gosto muito quando as pessoas descrevem coisas, detalhes, seja de casas seja de paisagens, seja de coisas que viu ou imaginou. É gostoso de ler.
Beijos, Marina.

Sara Carneiro disse...

liiindo texto rutinha.
é incrivel como Deus criou coisas tão simples e perfeitas com suas próprias mãos. (:
beijos, parabéns (:

Nuriko disse...

Já sonhei tantas vezes em estar em um desses bancos, com tantas pessoas.
Na verdade isso nunca aconteceu, mas quem sabe um dia?