Ela se levanta pela manhã. Abre os olhos, mas sente uma enorme preguiça de se levantar. Seu corpo etá totalmente relaxado e seu despertador toca sem parar. Ela toma fôlego para se levantar e olha para o seu celular: 29 de setembro.
O calor da manhã reluzente começa a invadir o seu corpo. Levanta-se e abre a janela. A luz do sol a deixa cega por alguns segundos. O cheiro que vem do campo em frente ao seu quarto, emana flores e frutas. Ela enfim, toma coragem para tomar um banho, frio.
Na mesa, várias pessoas queridas se sentam ao seu redor. Ela se sente amada, como em nenhum outro dia. Sua mãe lhe mostra a travessa de prata que sua avó lhe dera quando ainda era moça. O cheiro invadia toda a casa. A torta dourada, lhe lembrava aquelas de desenho animado que tanto desejara quendo ainda era criança. Sim, porque hoje, não era mais, ou talvez até fosse.
Ao cortar a torta, sente o incrível aroma da fruta que tanto gosta. A maciez da textura lhe agrada. Ao degusta-la, lembrou-se de toda a sua infância durante o tempo que a maciez da torta se desmanchava em sua boca. Era a torta de pêra que tanto gostava.
Durante os poucos minutos em que deliciava tal iguaria caseira, conversava com seus pais, lembrando do tempo em que brincava lá fora, próxima ao pé de pera, que tanto admirava. Hoje, o sabor daquela torta estava diferente. Podia apreciar o aroma, o sabor, a textura com mais propriedade. Não era mais aquela criança que se lambuzava toda e recebia broncas da mãe por querer comer a torta antes do almoço. Ela então entendeu: havia se tornado uma mulher.
*O texto é um presente da abiga Jéssica Lira. A torta de pera é contexto de uma história muito importante. Obrigada, amiga.
3 comentários:
Todo ano há o que não nos abandona nessa história. Como a torta.
Linda!
Já amo vc!
Mas que vontade de torta que bateu. Quem me dera uma torta tão bem descrita como essa no meu aniversário.
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